sábado, 10 de abril de 2010

Análise e Comentários da Resenha dos capítulos IV, V e Conclusão do livro “Os Bestializados: O Rio de Janeiro e a República que não foi”

Amanda Alves
Deise Albuquerque
Jeniffer Ferreira
João Rubens Vasconcelos
Vanessa Albuquerque

Em “Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi”, o historiador e cientista político, José Murilo de Carvalho, nos oferece a sua análise sobre a participação política na capital da incipiente República estabelecida no Brasil, a partir de 1889.
A partir de três resenhas nossa turma almejou detalhar o pensamento deste autor, a fim de compreender suas teses, mas principalmente de questionar seus argumentos. Neste sentido, as resenhas passaram por um processo de avaliação formativa que abrangeu toda a turma. Dentro desse processo de construção do conhecimento, nos foi delegada a tarefa de avaliar a resenha que compreende os capítulos “Cidadãos ativos: a Revolta da Vacina”, “Bestializados ou Bilontras” e a “Conclusão” da obra supracitada.
Antes de passar a avaliação da resenha propriamente dita, julgamos necessário realizar um breve esboço da apresentação oral da equipe.
A equipe em questão desenvolveu uma apresentação de caráter expositivo e bastante elucidativo dos capítulos supracitados, demonstrando pleno domínio das idéias centrais abordadas pelo autor.
Como forma de integração entre as apresentações anteriores com a presente, a equipe fez uma breve retomada do capítulo 3 para só então adentrar nos capítulos 4, 5 e Conclusão. Descrevendo de forma bastante fidedigna ao texto do José Murilo de Carvalho, buscaram ressaltar num primeiro momento, a Transição do governo de Campos Sales para o governo Rodrigues Alves, passando pela recuperação econômica, reformas urbanas, sanitarismo ou “despotismo sanitário”, reconstruindo assim toda a cadeia de acontecimentos que precederam e que corroboraram para a eclosão da Revolta da Vacina, descritas pelo autor, e de como tais acontecimentos foram interpretados pelo povo carioca da época.
O grupo ainda fez um pequeno resumo sobre a Revolta da Vacina, levantando os principais pontos do conflito, apontando o caráter da revolta: popular e violenta, e da participação do operariado, sobretudo, do Centro das Classes Operárias; do posicionamento político-ideológico dos jornais e da divisão por eles estabelecidas. Procurando, desta forma, descrever os argumentos pelos quais se valeu José Murilo de Carvalho, para dar força a sua obra, o que abriu espaço para o debate em sala.
Por último, o grupo ressaltou as influências sofridas pelo povo carioca e pelo próprio autor, chegando, enfim, a discussão central do livro, acerca da idéia de República e cidadãos bestializados, em que se constatou a postura de José Murilo, ao concluir que o povo carioca não era, necessariamente, bestializado, mas sim um povo “bilontra”, em sua maioria, ou seja, um povo esperto, zombeteiro mas, apático à política. Portanto, concluímos que a equipe cumpriu com extrema desenvoltura a apresentação e o debate por eles guiados, conseguindo expor de maneira clara e precisa os capítulos que lhes couberam.
No que se refere à avaliação, ela foi realizada tendo como suporte os critérios estabelecidos em sala de aula. Dito isto, passemos a análise:
1. Coerência - entendemos que a resenha foi escrita de forma clara e coesa, não tendo sido identificados grandes erros que prejudicassem a compreensão do texto. Por esta razão, concordamos em atribuir 2,0 pontos para este item.
2. Objetividade – julgamos que este foi o ponto alto do trabalho do grupo, considerando que existia uma grande quantidade de informação nas mais de 70 páginas a serem resenhadas pela equipe. O texto foi extremamente informativo, portanto, não seria justo pontuar este critério de outra forma: 2,0.
3. Posicionamento Crítico – foi a maior deficiência da resenha, pois o grupo não apresentou questionamentos ao texto de José Murilo de Carvalho. Apesar disso, durante a apresentação, e com auxílio das intervenções da Professora Isabel Guillen, foi possível superar parte desta lacuna, o que nos leva a atribuir 1,0 ao quesito.
4. Debate Historiográfico – A partir de nossa leitura do texto tornou-se possível identificar que o próprio José Murilo de Carvalho não dialogou com historiografia a respeito da temática da Revolta da Vacina, pelo contrário, ele assinala a ausência de fontes sobre a Revolta, fato que o leva a trabalhar com os relatos dos contemporâneos a este processo histórico, tais como Aristides Lobo, Sílvio Romero, Raul Pompéia, dentre outros, que foram bem colocados pelo grupo, na resenha. No capítulo seguinte, o autor trabalha conceitos de Max Weber, bem como de Richard Morse, para consubstanciar sua análise sobre a influência da cidade sobre a política, questão que também foi abordada pelo grupo. Dessa forma, chegamos à conclusão que o grupo dialogou com as fontes utilizadas pelo autor, portanto, pareceu-nos evidente que o grupo deve receber 1,5 por ter realizado essa tarefa.
5. ABNT – A resenha a qual nos referimos não realizou muitas citações diretas do texto base, quando as fez colocou-as entre aspas, mas não colocou a referência bibliográfica sob forma de nota de fim, conforme foi estabelecido na proposta dessa avaliação. Por esta razão, decidimos atribuir a este item apenas 1,0 ponto.
Parabenizamos o grupo pela resenha construída, e acreditamos que os eventuais “deslizes” cometidos não arranham a qualidade do trabalho realizado e apresentado. Considerando a análise realizada, o grupo atingiu a nota final 7,5.

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