sábado, 20 de março de 2010

Avaliação Crítica sobre a Resenha do texto: A nova “Velha” República: um pouco de história e historiografia

Gabriela Neves de Lima
Isabela Magalhães
Juliana Ferreira Campos Leite
Wheldson Rodrigues Marques

Realizada a análise da resenha elaborada pelos alunos Ermano Oliveira, Jonatas Cruz, Pedro Dantas e Tásso Araújo – sobre o texto: A nova “Velha” República: um pouco de história e historiografia – e, levando-se em consideração os critérios adotados para a avaliação do trabalho, verificamos alguns aspectos que julgamos necessário comentar.
Primeiramente, quanto ao critério sobre a coerência discursiva, o grupo não apresentou quaisquer erros ortográficos, de acentuação gráfica e, inclusive, fez uso das novas regras gramaticais, o que, para nós, constituiu ponto positivo. Porém, foram percebidas algumas falhas em relação à coesão e à coerência textual, visto que houve uso inapropriado da vírgula no seguinte trecho: “Mesmo, não citados pelas autoras, a historiografia (...)”. E, no trecho: “(...) tal como a tese de doutoramento de Sylvia Couceiro no qual é visível o esforço (...)”, notamos a ausência da vírgula. Ambos os casos encontram-se no 7º parágrafo. Ao lermos o seguinte período: “No campo estritamente político as autoras enxergam a historiografia recente como reveladoras, que as eleições se fizeram importantes, pois havia ‘uma relativa, mas estratégica, circulação das elites, (...)”, concluímos que este não foi adequadamente construído, havendo ainda o problema de concordância nominal, que comprometeu a fluência da leitura.
No quesito argumentação, ressaltamos a clareza do que foi exposto na resenha. Os autores se mostraram à vontade com o tema e ficou bastante perceptível a compreensão e o domínio do texto por que se basearam. Julgamos totalmente satisfatórios os resultados nesta etapa da análise.
Quanto ao critério de objetividade (incluindo a fidedignidade ao autor), avaliamos também de forma positiva os resultados. A equipe conseguiu captar a idéia central e traduziu bem o exposto por Ângela Gomes e Martha Abreu na resenha. Em poucos parágrafos foram abordados, de forma fiel, todos os pontos importantes do texto de referência.
Ao posicionar-se criticamente, segundo o terceiro item para a avaliação, o grupo mostra concordar com os pontos de vista das autoras, de forma geral. Contudo, há a seguinte passagem: “Quanto à competição, não resta dúvida, já que a manipulação do povo denuncia esta prática; mas dado que os cargos eletivos eram ocupados pelas elites e que os próprios partidos formados para a disputa dos pleitos eram compostos por essas mesmas elites, cabe discutir se tal renovação não era apenas uma alternância de poder.”. As autoras deixam claro que as eleições “eram fundamentais para uma relativa, mas estratégica, circulação de elites, introduzindo na cena política um mínimo de competição e renovação”. Entendemos que a circulação (ou talvez a exclusiva participação) das elites no poder não nega o caráter de renovação no campo político, neste âmbito. Julgamos, portanto, desnecessário o questionamento levantado na resenha.
Foi satisfatório ainda o debate com a historiografia, visto que foram trazidas referências a fim enriquecer a discussão, reforçando determinados pontos defendidos e também promovendo análises através de outra perspectiva, como no caso de Raimundo Arrais, no contexto das festividades como espaço para a cultura política.
Atendendo aos critérios estabelecidos no item 7.5.3 da NBR 6023, de agosto de 2002, pertencente à ABNT, verificamos que o grupo atendeu às exigências estabelecidas sobre a utilização de elementos incluídos em referências. O trabalho também está de acordo com o item 3.2 da NBR 6028, de novembro de 2003: “resumo deve ser precedido da referência do documento, com exceção do resumo inserido no próprio documento” (considerando resumo crítico o mesmo que resenha).

Com base no que expusemos aqui, decidimos atribuir nota 9,0 ao grupo, entendendo que o trabalho cumpriu a maior parte das exigências estabelecidas e explorou bem o tema.

Um comentário:

  1. Compreendo a dificuldade de avaliar, ainda mais depois de discutir problemas como fizemos em sala de aula. Acredito que produzir e ser avaliado publicamente por outro grupo é muito importante porque nos ajuda a escrever. Não questiono a avaliação do grupo, mas não poderia deixar de comentar (tardiamente, é verdade)a afirmação do grupo que julgou o questionamento desnecessário. Acredito que todo questionamento, desde que pertinente, é válido; ainda mais para nós, que muitas vezes escrevemos a partir destes mesmos questionamentos. Não entrarei no mérito do tema que já foi discutido em sala, mas apenas finalizar ressaltando que na minha opinião o termo "desnecessário" é um exagero.

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